domingo, 28 de fevereiro de 2010

27/02/2010

De volta ao blog depois de quase um mês. Fiquei quase esse tempo todo em Sampa, (não) resolvendo problemas.

Sexta eu tive que abrir uma conta no Banco do Brasil porque minha conta no Bradesco de Taubaté por algum motivo não servia. Frescura dos infernos se me perguntarem. Mas ok.

O problema é que a organização do RH aqui é tosquíssima! A passagem e itinerário da viagem fui eu quem teve que definir e mandar para eles!

Mas voltando ao assunto, mesmo depois da mocinha encarregada da minha contratação falar de todo o esquema para ir até Carajás abrir a conta, até sexta de manhã não tinha confirmação nenhuma!
Então eu e outro candidato, um Eng. de minas, pegamos uma van super insegura e fomos para Paraupebas. De lá, um táxi para subir a serra dos Carajás. Depois (é claro) de sermos barrados na portaria porque ninguém lá sabia que iríamos! Legal...

Presepadas aos montes que nem valem comentar, eu digo: ser contratado pela Vale é um teste em si, se você não souber resolver problemas, nada de contrato!

Já hoje o dia foi tranqüilo. Acordei cedo para uma caminhada, mas estava chovendo. Então voltei a dormir e foi até uma e meia, quando me acordaram para almoçar.

De barriga cheia, fui ao supermercado comprar uma garrafa térmica. Quero tomar chimarrão e só uma térmica para esquentar água aqui! Com a resistência elétrica que chia mais que o cão chupando manga. Deu medo, já que as instruções do manual da garrafa dizem para NUNCA usar aquecedores elétricos nela. Oh well, fuck off...

Mas o triste é que só poderei matear na terça, é o tempo que vai levar pra curar a cuia!

Na janta um tucunaré frito com arroz. Deu até para comer os espinhos do peixe. Eita bixinho bom! Ao dar uma volta na praça, havia um caminhão de som de uma loja anunciando um sorteio de uma moto 0 km. E segundo as palavras da propaganda: -“Imagine você de moto 0 km! Vai ficar irresistível!”

Chegamos ao ponto principal do post: é extremamente curiosa essa cultura de que se você tiver um veículo próprio será mais atraente para o sexo feminino...

E depois de uma conversinha com a Pi, tomarei um banho, darei outra cachimbada e cama!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

05/02/2010

Depois do post de terça, fui jantar. Acabei comendo o mesmo do almoço. Fazer o quê? Sou fresco com comida mesmo. Aí rolou um problema de fuso horário com a Pi, marquei com ela no MSN as 20:30h... mas, como aqui não tem horário de verão, cheguei ao quarto eram 21:30 (aí em baixo). Claro que ela não gostou, mas nem foi culpa minha. Quem iria lembrar desse detalhe?

A NET do hotel é uma BOSTAAAAAAAAAA!!! Além de ser mais lenta que um Hut tetraplégico, cai mais que os trapalhões. E fiquei a maior cara tentando reconectar. Só consegui lá pelas 11 da noite (ou seja, ½ noite no sudeste). Ah sim, fiquei mais uma hora batendo papo com a Pi e dane-se o WOW, outro dia tento ver como será. Minha namorada é mais importante. A partir da meia noite, a pedida era tomar banho e ir dormir. E não é que tive que diminuir a potência do condicionador de ar? Êita, se ficar assim sempre durante a noite eu não reclamo nada! A única coisa realmente chata a partir dessa hora era a fome e não poder comer...

Quarta acordei 5:00h. Como o exame médico tem que ser em jejum, fiquei com fome até umas 8 da manhã. O carro da empresa chegou eram umas 6 horas e lá vamos nós para a cidade de Paraupebas. Lugar mais quente que Canaã. O laboratório era surpreendentemente grande e bem estruturado, fiz nove exames: Eletro encefalograma, eletrocardiograma, sangue, audiométrico, campimetria, visão noturna, espirometria, oftalmológico, raio-X do tórax e, mas como não podia deixar de ser, sou um ser podre por natureza. A audiometria eu já sabia que ia dar alteração, aliás, culpo minha adolescência e fones de ouvido no último volume. Mas não fazia idéia de que teria que lançar mão de um bronco dilatador para chegar ao limite mínimo aceitável da espirometria! Quer dizer, mesmo com a medicação, meu pulmão é podre! Suspeitei desde o princípio...

Mas o mais preocupante foi o eletrocardiograma. Simplesmente vou ter que ir lá de novo na quinta porque a médica quer estar presente para ver o exame. E as atendentes não souberam me informar o porque. Todos os riscos a parte, meu esquema com a Vale mesmo está prejudicado, já que quinta seria dia de ir lá fazer exame de corpo e acertar detalhes. Prejudicado por que? Porque terei que ir de manhã ao laboratório e não consigo entrar em contato com a Vale de jeito nenhum. Os telefones deles simplesmente não funcionam e aqui no hotel, na hora que escrevia esse post não tinha internet. Aliás, tentava entrar em contato com a recepção pelo interfone... e nada. Fui até lá e a beleza da recepcionista tava batendo papo com a moça da cozinha. Usando uma expressão que meu pai sempre usava comigo e eu odiava, mas é perfeita para o caso: “Vai mal, vai mal...”

Enfim, a mocinha mexe pra lá com a antena da NET, pra cá, e nada. Ao ligar para o provedor, ficamos sabendo que o rádio deles queimou e estão trocando a bagaça. Iria demorar umas duas horas até tudo se acertar. Resumindo: Não entrei em contato com a Vale hoje, e só me sobrou um esquema MUITO meia-boca para tentar amanhã. Ai sacoooooooooooooo!!!

Ah sim, o almoço, lá em Paraupebas, foi arroz com feijão, salada e camarão cozido no bafo. ADORO camarão, mas com uma namorada mortalmente alérgica a crustáceos, é raro poder comê-los. E, valendo-me do calor como desculpa, experimentei o Corneto sabor napolitano. Gostosinho, mas não o suficiente. Ia comprar água no supermercado, mas o cabeça de vento aqui pra variar, esqueceu.

Mais tarde, enquanto escrevia aqui, meu parceiro me chamou para um banho de piscina. Ora, por que não? Fomos e ainda conhecemos um arqueólogo mineiro, o Marcos. Ficamos trocando idéias sobre a profissão dele e um pouco das nossas. Depois, um banho e jantar. Este último, pedi um caldo de caranguejo, e no lugar veio uma porção de camarão frito. A explicação do garçom foi que o caranguejo acabou. Pô! E só me avisa DEPOIS de mandar outro prato? E se eu fosse alérgico? Mas deixa quieto, como não sou e já disse antes que adoro camarão, manda que eu como! Como lubrificante, uma limonada geladinha.

Terminada a janta, era hora de encontrar a Pi no MSN. Samuel ainda me chamou para assistir o jogo de futebola com ele, mas, eu assistir jogo? Tá, vai nessa.

MAS, novamente meu amigo inseparável Murphy faz sua aparição: é claro que não terminaram de trocar o rádio do provedor, e dessa vez não temos previsão da volta da NET. Então esse post só DEVERIA sair na quinta. Mais uma vez, sequer poderei testar WOW nessa conexão. Talvez seja melhor assim, ter um ataque de nervos por culpa de um jogo travado não faz parte da minha lista de intenções. Depois de uma sessão de Yu Yu Hakusho tournament tactics, cama!

Quinta feira. O dia começa muito bem com o pessoal da Vale esquecendo que a gente existe e, depois de ligar lá umas 9:30hs, finalmente mandaram nossa condução. Acertei um esquema BEM melhor que o meia boca que havia mencionado anteriormente, mas mesmo assim chegamos em Paraupebas lá pelas 11:00hs, a médica do laboratório já tinha ido embora. Felizmente, e muito, o problema com meu exame era que, o excesso de pelos atrapalhou os resultados do eletro cardiograma. Ser descendente do Capitão Caverna dá nisso. Bom, nada que uma gilete não resolvesse, Como prêmio, ganhei não um, mas três hematomas das ventosas dos sensores. Parecem chupões! Mas juro Pi, foi a sucção dos sensores!

Problema resolvido, tive que esperar o laudo do exame, que saía 14:00hs. Hora que nosso transporte retornaria. Enquanto isso seguimos até um posto de vacinação, e, desembolsando R$55,00, tomei uma dose de tríplice adulta e antitetânica. Sexta feira meu braço estará doendo um pra burro! Depois disso, fomos almoçar o mesmo que quarta. Em seguida, uma viagem sem eventos notáveis até a mina do Sossego, Vale.

Uma vez lá, fomos até o posto do corpo de bombeiros, onde a medicina do trabalho está locada enquanto sua sede própria não termina a reforma, e fizemos os últimos procedimentos para retirar o ASO (atestado de saúde ocupacional) positivo. Beleza, agora é só arrumar as cópias dos zilhões de documentos que pediram para a admissão. Vou ver se meus pais ajudam lá de Taubaté, porque não trouxe tudo que precisaria.

Chegando de volta ao hotel, fui alo banheiro, assaltei o frigobar em busca de água e, junto com o Samuel, caímos na piscina... com uma cerveja amiga na borda. Certa hora ele precisou ir ao banheiro, e aproveitamos para voltar aos quartos e nos prepararmos para jantar.

No jantar, perguntei se já tinham caranguejos. Claro que ainda não, então o jeito foi experimentar o dourado ao molho de mariscos. DELÍCIA! Melhor prato até agora.

Durante a janta, o arqueólogo Marcos e seu parceiro, esqueci o nome dele, apareceram e ficamos os quatro tomando cerveja. Ia encontrar a Pi no MSN, mas como ela também estava atrasada, fiquei um pouco mais na cerveja.

Chegando no quarto, recebi uma ligação da Pi. Cobrando minha presença. Tinha acabado de chegar no quarto, e iria ligar o note book imediatamente. Surpresa! A NET, só pra variar, AINDA estava bugada! Resultado: liguei para a Pi pra avisar. Ela não ficou nada feliz, e com razão né? Mas, não havia nada que eu pudesse fazer.

Resignei-me a mais uma noite de RPG eletrônico antes de dormir, mas meus parceiros de cerveja do jantar, apareceram e insistiram que fosse com eles beber na cidade. Macaco quer banana? Vamos lá!

Achamos um barzinho, Roma lanches, com um slogan interessante, fazendo trocadilho com a expressão “quem tem boca vai a Roma.”. Enfim, ficamos lá para tomar uma, e trocar algumas idéias. Certa hora chegou um mané com um Gol, com um sistema de som que tomava completamente o porta-malas. O babaca simplesmente abriu o porta-malas e sem pedir pegou uma cadeira em nossa mesa antes de se dirigir a mesa de seus amigos. Seu carro emanava um tipo de som que, até então só eu conhecia em minha mesa, TECNOBREGA! Pois é, ninguém gostou, e devido ao volume excessivo, intercambiamos de mesa. Mesmo assim meus companheiros falaram bosta do ritmo. E eu concordo. NÃO gosto de tecnobrega. PONTO.

Segundo um dos motoristas da manhã, existia uma casa noturna que faria baile naquela noite. Mas como todos estavam cansados, voltamos ao hotel. Local no qual, após providencial ida ao banheiro, comi um sonho de valsa e bebi dois copos d água e vim escrever mais essa parte do post. Ah sim, sem internet ainda. Mas pelo menos, ao som de Nina e Judas priest. No exato momento deste comentário: TURBO LOVER!!!

E é ao som dessa música que termino a parte de quinta feira deste post. Amanhã preciso mesmo ir a alguma Lan house. Mas como não tenho meios de transferir o arquivo em que escrevo este post para e-mail, pendrive, ou mesmo meu celular, acho que só poderei colocá-lo on-line no sábado lá no aeroporto.

Continuando, na sexta feira, tive um dia bunda. Meu braço doía. E vai doer igualmente daqui dois meses. O, sabia que ia ser assim mesmo, mas não preciso estar feliz com isso. Acordei tarde, estava tão bom na cama com o condicionador de ar regulado para dezoito graus que enrolei horrores. Quando finalmente resolvi levantar, me arrumei e fui aventurar-me no clima natural.

Naturalmente horrível. Sexta foi o dia de maior calor. E eu lá, de camiseta preta e calça. Burro! Chegando à lan house, esperei até scanearem meus documentos e envia-los ao meu e-mail. Como mesmo na lan a velocidade de conexão era podre, isso já demorou um bocado! E como não poderia deixar de ser, meu azar demonstra sua força, de novo. O estabelecimento vizinho a lan era uma agência dos correios. E foi assaltada. Tive que ficar na lan até o qüiproquó todo terminar. Ao menos tinha um condicionador de ar potente.

Voltando ao hotel almocei e voltei ao quarto para fazer alguns telefonemas pertinentes à Vale. Depois, acabei pegando no sono. Acordei por volta das 4 da tarde, com a camareira me chamando, perguntando se podia arrumar o quarto. Coloquei o resto da minha roupa e fui chamar o Samuel. Ambos precisávamos ir à cidade. Mas chegando ao quarto dele, acabamos assistindo o filme da sessão da tarde, “com a bola toda”. Filme do Ben Stiller. São extremamente bobos, mas eu gosto dos filmes dele.

Depois, passamos numa relojoaria e uma ótica. E terminadas nossas respectivas pendências, cerveja. Assistindo pica-pau.

Samuel estava passando mal e no fim tomei a garrafa de Skoll inteira. Na volta para o hotel, passamos numa outra lan house, dessa vez para usar a internet mesmo. Bom, no meu caso, foi mais para diagramar de forma mais apresentável e correta meus documentos digitalizados. Terminando isso, finalmente voltamos ao hotel. Mas antes, deixei um comentário para meu amigo Leshrac em seu twitter sobre o que realmente é calor digno de reclamação.

Na janta fiz algo que fazia anos que não fazia: Comi um bife bovino. No almoço experimentei um pedaço do bife a parmeggiana do Samuel e tive que comer um na janta. Até foi bom voltar a comer um boi, mas prefiro deixar de lado durante o cotidiano mesmo. Um suco de limão para completar.

Na noite anterior havíamos concordado com a dona do hotel de participar de um chá de fraldas para uma das funcionárias que está prenha. Para evitar aborrecimentos, deixamos a cargo da dona comprar um pacote de fraldas para cada um. Quando ela chegou com as fraldas, lembramos que era um “chá” com comes. Mas, como já tínhamos jantado, apenas acertamos o dinheiro da fralda e voltamos para o quarto sem participar da festa. O calor mina todas as energias de quem não está acostumado. E eu não estou mais. Infelizmente, por hora. Por que a Vale não poderia ser num lugar como a planície da Patagônia ou o deserto do Atacama, que são frios? Sou eu, isso já é resposta o suficiente.

E a sexta terminou comigo dando uma relaxante cachimbada, arrumando a mala para a viagem de volta, ouvindo música e escrevendo esta parte do post.

Que Éris fique com vocês.

Roger and out!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Todo começo tem um início... DUH!

Esse blog é diretamente influenciado por duas pessoas. A primeira é meu amigo Felipe que montou um blog e deu vontade de escrever também. Já que vou ficar fora de Sampa por um tempo considerável, resolvi compartilhar aqui algumas experiências e impressões. E o título é baseado em algo que ele sugeriu. A outra pessoa seria Kazushi Hagiwara, autor de mangás. O subtítulo é uma referência direta a ele.

Bom gente, é isso aí, estou em pleno processo de admissão da Vale, para a mina do Sossego, em Canaã dos Carajás, PA. Legal né? Ou não. Tem coisas muito ruins no âmbito pessoal rolando nessa história. Mas a isso, volto mais tarde.

Tudo começou quando eu estava em casa, de boa, arrumando a minha cama que tinha havia quebrado no ano passado, e depois de pintar o quarto inteiro, resolvi parar de enrolar e arrumar a danada. De repente meu celular toca e uma tal de ADAPTRH me pergunta de eu estaria interessado na vaga. É claro que eu estava, faz dois anos que to sem trampo e queria voltar ao batente.

Confusões de e-mails pra lá e pra cá a parte, recebi a notícia de que tinha um avião me esperando no domingo. Saco, teria que desmarcar uma viagem programada com minha namorada. Quando estava no ônibus chegando à casa dela, me ligam de novo da Vale. O vôo era na segunda. LEGAL, poderia ter viajado com a Pi mas NÃO... os caras tinham que me zoar logo de cara. No fim, daria tudo certo porque recebi a notícia que o lugar para onde pretendíamos viajar estava alagado mesmo...

Enfim, segunda feira, primeiro de fevereiro de dois mil e dez. Número palíndromo. Quatro e meia da manhã um táxi me pega na casa da Pi e lá vou eu para o aeroporto de Congonhas. Chegando lá ainda tenho que esperar o aeroporto abrir. Espera aí, não era 24h? Pois é, não entendi e nem deu vontade de perguntar.

VÁRIAS pessoas com camisetas do Metallica pegando vôos. Pudera, o show foi nesse fim de semana. Mas voltando ao assunto:fiz o check in e descobri que seria uma bola de pingue pongue, escalas pra todo lado! Fui pra sala de espera e liguei o note book. Esses aparelhinhos são uma dádiva em horas como aquela.

Primeiro vôo, Congonhas(SP) -> Galeão(RJ). Companhia? TAM. Ao menos todos os vôos seriam com a empresa mais confortável do momento. Na hora da descida, aconteceu algo BEM triste. Devido a um problema de pressão ocular, toda vez que ia descer a serra em direção ao litoral, eu tinha crises homéricas de dor (não “de”, mas “na”) na cabeça, mas até hoje isso nunca tinha ocorrido em aviões, e olha que já voei bastante nos tempos da Mynarski.

Bom, me deu um ataque dessas dores, e embora não tenha sido o mais forte, foi extremamente desagradável. Cheguei ao Galeão e, como não poderia deixar de ser, graças ao atraso em Congonhas, mal tive tempo de embarcar na conexão. Próxima parada, Belém (PA).

Galeão(RJ) -> Belém(PA). Fico triste em dizer que mesmo a TAM já teve dias melhores. Lembro de quando o lanche servido na aeronave era um delicioso sanduba de peito de peru, salada e algum molho não identificado a base de queijo. Hoje são duas torradas Bauduco, um polenguinho ou geléia e um cookie de chocolate. É a crise dizem uns. Eu digo que é querer lucrar ainda mais. Bom, vôo sem grandes incidentes, só uma turbulência pequena na hora da descida, mas nada que fosse sequer preocupante aos acostumados. Mas novamente a dor na cabeça voltou a atacar. Dessa vez bem mais fraca, mas ainda assim chata pra diabos.

No aeroporto tive um péssimo presságio: mesmo com chuva, o ar condicionado não era o suficiente para vencer o calor. Se aqui estava assim, não quis nem imaginar como estaria no próximo destino, Marabá(PA). Quanto a espera, novamente o Vôo atrasou e fiquei uma hora mofando no saguão do aeroporto. Santo note book salva tédio!

Belém(PA) -> Marabá(PA). Esse vôo no fim foi o mais sossegado de todos, minha cabeça não doeu nada. Fiquei sabendo que sobrevoamos o aeroporto por um bom tempo até ter autorização para pousar, mas não vi nada na hora, estava dormindo como uma pedra. O lanche foi mais micho ainda, um pacote de 50g de AMENDOINS!

Chegando a Marabá, a plataforma de desembarque era apenas uma escadinha na pista mesmo, nada que não tivesse visto antes, mas deu uma saudade de aeroportos grandes como Congonhas ou o Galeão. Depois de pegar minha indefectível mochila mestre Kame, na saída do aeroporto me esperava um homem com uma folha sulfite com o meu nome e de outro candidato. Era nosso motorista até Canaã dos Carajás, mais três horas de carro. E sem ar condicionado. Hehê...

Durante a viagem fui conhecendo tanto ele, que não me lembro o nome (era meio complicado para os padrões paulistas), quanto meu colega de profissão, Samuel. Não houve nenhuma rivalidade já que éramos dois candidatos para duas vagas. Só to na apreensão porque o rapaz é fanático por futebol e é agroboy de São Carlos... Bom, ele também não vai se sentir confortável quando eu revelar meu lado B... e como mandam os costumes, novatos andam em bandos em lugares longes como aqui.

Chegamos a cidade e depois de nos instalarmos no hotel, resolvemos dar uma passeada na cidade e, não tinha muita coisa. Não há nada mais a falar sobre a cidade. O clima era o que eu esperava, QUENTE. E olha que está fazendo uma ondinha de frio na região. Nada de mais, já enfrentei coisa pior no Amapá. Mas isso não quer dizer que eu goste de calor.

O restaurante do hotel é show, comi uma lasanha vegetariana super duper. Se continuar aqui, vai ser dose manter a reeducação alimentar. Quanto ao quarto, típico do norte: móveis regulares e uma cama (no caso Box) nota A+++, essa parte de deitar e tudo o mais feito em colchões é uma prioridade da população local. O condicionador de ar demora à dar conta do recado, mas uma vez dada, chega a ser necessário um lençol na hora de dormir. Ponto mais do que positivo!

Acordei cedo, eram 6:30. Tomei um gostoso e revigorante banho gelado (com o calor que é aqui, qualquer outra temperatura é suicídio), me vesti e fui tomar café, junto com meu novo companheiro. Gostos que eu não gosto a parte, ele é uma companhia bem agradável. Dizem que engenheiros se entendem, acho que é verdade.

Bom, o café não tinha nada de sofisticado, não que eu esperasse algo do gênero aqui. Mas para minha surpresa, os pães caseiros são extremamente saborosos, assim como o suco natural (e fresco) de maracujá! Depois do café, matei um tempinho lendo jornal no note book a espera do motorista. Assim que ele chegou, fomos a entrevista.

Só as instalações da manutenção daqui já impressionam. Tanto pelo tamanho dos equipamentos (os maiores do Brasil), quanto pela organização. Empresa com estrutura é outra coisa! A entrevista com o gerente da área foi bem atípica, mas muito mais agradável do que o normal. Ele nem fez muitas perguntas, alegando que é na lida que ele ia saber se tínhamos aquele blá blá blá do CV ou não. E no fim, avisou que se nos visse com roupas engomadinhas novamente (social de praxe para entrevistas), iria nos jogar num tanque de graxa. Até aqui, gostei dele.

Fomos até o RH e acertamos exames médicos para amanhã, e voltamos para o hotel. O Samuel quis dar um pulo na cidade para comprar um chip novo de celular, algo que terei que fazer no futuro. Gosto da TIM, mas as tarifas deles são de matar. Ainda mais em roaming!!!

De volta ao hotel, comi um filé de frango acebolado que estava ótimo. Guarnições: Arroz e salada de tomate, alface e pimentão. Boa pedida para manter o prato light. Voltei para o quarto e comecei a escrever esse post.

Fato inusitado: eram 16:20 e a camareira veio perguntar se eu queria que limpasse o quarto. Por que não limparam de manhã? Ok, fui dar uma volta enquanto ela limpava. Fui conhecer o resto do hotel. Uma área bem grande mas muito mal aproveitada, parece até um motel aí do sudeste com os quartos em blocos térreos e espalhados. Já pensei em fazer um prédio... coisa de paulista. A piscina está meio suja, com sapo morto até, mas se estivesse limpa seria jóia. Bem grande.

Indo perto da região da lavanderia, ao cumprimentar alguns funcionários, Murphy ataca novamente: quase tomei O tombo num pedaço de cimento fresco, que, ao interagir com os funcionários, esqueci de notar. Sorte que desta vez não caí, mas minha havaiana ficou que é só cimento...

Então é isso gente, por hoje fico nessa, quem sabe amanhã escrevo sobre os exames e o resto do dia? Não que seja uma coisa muito interessante para quem ler isso aqui, mas é um desabafo terapêutico para mim.

Então fico por aqui. Vou tentar jogar um pouco de WOW... tenho a impressão que vai ser um grande aliado nas horas de folga. Abraço a todos.