terça-feira, 29 de junho de 2010

28/06/2010

Ele vive!!!

Sim, eu vivo e estou de volta. Não graças ao avanço dos meios de comunicação da cidade dos crentes. Simplesmente resolvi apertar o botão do “dane-se” e postar do serviço mesmo.

Bah, cansei de tentar fazer tudo certinho. Se não estiverem contentes com o que faço, me demitam!

Mas falando sério agora: Terça fui à aula de judô e o rapaz lutando comigo deslocou o joelho. Quinta foi a vez de outro cara QUASE quebrar o dedinho do pé. Pelo menos dessa vez não fui eu o cavalo que zoou ele.

Seja como for, estou impressionado e não de uma maneira positiva. Mais uma lesão dessas e vou cair fora! Mesmo tendo gastado uma grana violenta com meu Gi.

Falando em Gi, eu já fiquei com dó de gastar o que gastei, e um colega meu aqui gastou BEM mais, uns R$219,50 na porcaria de uma camiseta oficial da seleção brasileira.

Tudo bem que minhas opiniões quando o assunto é futebol são extremamente radicais e negativas, mas convenhamos: uma camiseta custar mais que um Gi inteiro (e um de qualidade top!)? Ah, santa super valorização Batema!

E isso é apenas mais um argumento para minha cruzada anti-futebol. Mas por hora não falarei mais nada. O efeito copa do mundo evoca sentimentos futebolísticos até nas pessoas que eu jurava não estarem nem aí pra esse esporte. Imagine nas pessoas que normalmente já gostam disso.

Mas existe um lado positivo: Enquanto todos saem da sala para ir assistir o jogo, posso navegar na internet sem medo de ficarem me cobrando serviço. O lado ruim é que nem o pessoal da cozinha trabalha na hora do jogo. E isso significa ficar com fome até altas horas, porque povo terminou de ver o jogo e foi, tal qual estouro de boiada, para o refeitório.

A noite, ao voltar da empresa fui tomar um banho. Ao erguer a mão, dei um upper no suporte de xampus que era de vidro. Ênfase no era. A porcaria estilhaçou e quando percebi já tinha cortado o pé. Pelo menos foi um cortinho de nada. Mas, pôxa, quem diabos tem a grande idéia de colocar essas coisas de VIDRO num Box apertadinho?

Um jantar nada frugal de salsichas com queijo e suco de maçã, e depois um bate papo com colegas do alojamento. Combinamos de ir caçar um provedor de NET sábado de manhã.

Alojamento. Eu gosto de alojamentos. Além da sensação de estar no exército sem realmente estar, tenho cama/quarto/banheiro limpos, roupa lavada e comida de graça. E as acomodações são confortáveis! As desvantagens? Não poder trazer visitas, nada de álcool no quarto e perder a hora do rango se dormir até a hora que eu quero. Sinceramente, fico dividido quanto a me mudar para a casa ou ficar aqui. Mesmo a decisão não sendo minha.

Sábado. O provedor de NET está suspenso para usuários residenciais. Just my luck.

Nada mais a reportar deste dia. A não ser é claro, o pessoal do meio ambiente aqui no alojamento indo combater uma queimada PERTINHO do alojamento. Perto o suficiente para dar receio.

Domingo. Acordei cedo: 10 da madrugada. Imediatamente fui ao clube tomar uma(s) cervejinha(s). Volto pro quarto umas cinco da tarde passando mal.

Indo no banheiro direto, com uma dor de cabeça de matar e vomitei duas vezes. Mesmo sabendo que não havia bebido o suficiente para sequer uma leve ressaca, achei que o revertério fosse coisa da bebida.

Segunda de manhã minhas suspeitas foram terra abaixo ao saber que TODO o alojamento tinha passado mal pacas. Era apenas uma intoxicação alimentar. Passei a manhã toda meio torto e indo ao banheiro.

À tarde fomos dispensados pela copa. E, embora abomine futebol, admito que queria que o Brasil ganhasse esse jogo. Como boa parte dos meus funcionários vem do Chile, o Brasil ganhando me pouparia de um dia cheio de gracinhas. Mas daqui pra frente, tanto faz.

A Noite chega e, depois de um banho, termino de costurar os buracos em minhas camisetas e a pedida é escrever aqui, ouvir David Bowie e cachimbar. Só faltou o White russian pra fechar com chave de ouro um dia pífio.

sábado, 24 de abril de 2010

24/04/2010

Escrevendo ao som de Raul Seixas e Information society.

Bom, cá estou eu no trampo, sábado. Melhor que isso só um dedo no olho.

Mas ta beleza, já tomei na tarraqueta a semana inteira mesmo. Quarta feira feriado, finalmente ia ficar de boa em casa. Mas não, uma aranha pdf tinha que me picar! Agora cá estou eu com uma eczema (ecsema, sei lá) gigante embaixo do braço e que coça pra burro! E já mencionei que eu tenho pavor fóbico de aranhas? Er... acho que isso todo mundo que lê essa joça já sabe faz tempo.

Seja como for, meu gerente me passou um trabalho grande pra entregar segunda feira e fiquei quinta e sexta fazendo sala para uma comitiva de um dos fornecedores. Tudo bem, eram relacionados a minha área. Mas foi relativamente inútil a visita do pessoal. Podiam pelo menos não falar português, assim eu treinaria um pouco meu inglês ou o alemão mesmo. Mas não... falavam um portunhol absurdo. E eu não gosto de espanhol. A língua. Nunca conheci um espanhol pra dizer se vou com a cara deles ou não.

Enfim, finalmente a novela da moradia toma um rumo. Mês que vem residirei em uma república, e não no alojamento. Terei mais gastos, mas poderei ao menos levar birita para a casa. Pena que aqui no Pará você NÃO acha licor de café... como farei pra tomar White russians?

Gosto de repúblicas. Tanto no Rio quanto no Amapá morei em repúblicas. Foram épocas legais. Conheci muitas figuras nessas empreitadas. Mas dessa vez já conheço os cabra que morarão comigo. Um é o Samuel, o paulista que começou na mesma época que eu. O outro é um paraibano meio mala que trabalha na nossa sessão. Mas ta beleza, pretendo ficar trancado no quarto meditando, jogando vídeo game e internetando. Isso é, assim que arrumar internet e PRINCIPALMENTE um condicionador de ar.

Ah sim, nada contra paraibanos. Conheço alguns bem gente boa. É que esse que morará comigo realmente é mala.

Voltando ao trabalho, a não ser pela porcaria da sirene de aviso da ponte rolante, ao menos é calmo aqui na mineração aos sábados. Povo não vem encher meu saco a cada 5 minutos. Por encheção de saco leia-se: passar mais trabalho.

Não é que eu seja vagabundo (ah ta, claro que não), até gosto de trabalhar. Mas ser interrompido no meio de um processo mental de análise ou whatever é extremamente contra produtivo, e deveras irritante quando você já está estressado ou puto mesmo com alguma outra coisa. Vocês sabem como é.

Uma sinapse aleatória: Gostaria de ser um cogumelo. Assim meu trabalho seria mofar.

Legal hoje foi que o cara com quem vim de carona (aos sábados não tem ônibus para o administrativo) tava com preguiça e resolveu me deixar dirigir. Fazia algum tempo que não conduzia um veículo automotor. Eu gosto de conduzir veículos automotores. Aliás, assim que passarem os 3 (três) meses de XP, darei entrada numa motocicleta. Provavelmente a nova Yamaha YS Fazer 250cc. Já viram como ficou bonita? A outra alternativa seria a Honda CB300R. Mas a Yamaha está mais barata, tem freio melhor se comparar as versões básicas e consome menos combustível.

Coisa que aqui é um roubo. R$3,52 o litro!!! Pô, nem no Amapá que o combustível só chegava de balsa era tão caro!

Ah, legal. Começou a tocar uma do Skid row... In a darkened room. Eu gosto de Skid row.

Aonde eu estava? Ah sim. Então, tenho que pensar também em lugar pra fazer revisões e talz. Tem uma revenda da Honda na cidade que eu estou, mas revisão parece que é só em Parauapebas, a cidade vizinha. E revenda da Yamaha só tem lá. Mas povo aqui não gosta de trabalhar mesmo. Ambas as revendas só abrem durante a semana. Então acho que ficarei a pé por muito mais tempo na verdade Como escreveríamos no twitter: Adoro esse povo do norte...#NOT.

Acho que vou ficar por aqui. Ta na hora do almoço e estou com fome. Rango aqui é decente, mas de sábado eles relaxam um pouco. Sabe como é, os chefes não estão então nego liga o modo foda-se. Vamos ver a gororoba de hoje.

Ah sim, como não consegui postar isso no trabalho to fazendo isso agora aqui no hotel mesmo.

Como sempre, todo mundo já teve a internet liberada no trampo, menos o marmita aqui.

Murphy daí-me sua benção.

Vida longa e próspera pessoal.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

21/10/2010

Quase dois meses depois:

Pois é, finalmente um pouco de NET aqui nesse fim de mundo!

Então, eu tinha vários posts preparadinhos para esse exato momento, mas faz uma semana que deu vontade de deletar tudo e assim o fiz.

Infelizmente isso me deixa sem quase um mega de texto que tinha digitado... oh well... let’s vamos em forward...

Escrevo isso ao som de Califórnia dreamin’, Working glass hero, No quarter, Good golly miss Molly... sempre gostei mais dos canais de música do que da programação normal da Tv a cabo/satélite/micro ondas/ etc.

O quarto do hotel está mais tolerável... agradável até. Agora tenho net, condicionador de ar, ssky e uma tv de 20”! Pena que só até dia 19 do mês que vem... quando mudarei para o alojamento/monastério.

Mas sabe qual a boa? Capotei bonito hoje numa reunião com o gerente! Acordei com um dos caras me dando um toque e sussurrando pra eu ir tomar um café porque o gerente tava me encarando. Momentos depois da reunião, fico sabendo que ele ta me chamando na sala dele... deu medo.

Mas tudo bem, ele só queria passar trabalho. Será que era melhor tomar uma bronca?

Mas tuuuuuuuuudo bem! Era pra eu acompanhar uns caras do sindicato (i.e.: dar um chapéu neles). Deve ser a quinta visita que me põem a frente. Engenheiro de social... fico feliz porque sou confiável e esperto pra fazer isso ou puto porque significa que só sirvo pra enrolar?

Seja como for, fui no clube hoje assinar o termo de adesão. Se der certo, amanhã vou ver as aulas de judô e se gostar, praticarei. Tá certo que não é caratê, mas é uma arte marcial. Melhor do que fazer Jiu jitso. É com “o” no final mesmo... é assim que escrevem na academia que tem aula disso aqui. Confiável não?

Nesses dias todos tive três grandes aliados para manter minha sanidade. O mp3 player, o cachimbo, e o combo insenso & meditação. To quase virando um monge aqui. Só falta o kung fu.

Melhor do que virar um mongo. E se seguir a tendência vai ser complicado. Conheço dois que seguiram kung fu e viraram mongos. Mas omitirei os nomes porque quero evitar processo. Tudo bem que nenhum dos dois vai ler isso aqui. Mas é melhor prevenir do que enterrar o presunto.

Sem idéias para escrever agora. Conversar com a Pi e escrever ao mesmo tempo é complicado porque converso mais com ela do que escrevo aqui. Pensando bem, isso é bom!

terça-feira, 2 de março de 2010

02/03/2010

Existe um ditado popular que diz que aquele que prova o calor do norte não troca por mais nada.

Eu discordo. Afinal, já provei o calor do norte antes (e com isso digo TODOS os tipos de calor. Mas na época era solteiro, que fique bem claro!) e surgindo a oportunidade, me pirulito daqui!

Na verdade, até prefiro o ditado “Não basta ser Engenheiro, tem é que se foder!”.

Afinal de contas, esse combina bem mais comigo.

Treinamento hoje começava nove da manhã. E a primeira palestrante só foi aparecer dez horas. Falando sobre planos de saúde A e B. Tudo uma merda. Comparando, sai mais barato entrar para um plano médico particular da Unimed até!

A segunda palestra foi show. Sobre comunicação interna. E com isso encerram-se as atividades do segundo dia, já que a última palestrante também deu o cano.

Até aí seria muito legal, isso sim. Mas, claro, não poderia ficar só nessa. Recebemos a notícia de que o pessoal contratado para a Mina do -BEEP- (olha eu no meio!) de quarta feira em diante iria fazer o treinamento no -BEEP-, às oito da manhã. Ou seja, quem estava em Canaã (olha eu de novo!) teria que sair lá pelas seis e meia para chegar a tempo. Ou seja, acordar lá pelas cinco e meia, quinze para as seis!

Voltamos para Canaã e finalmente paguei uma continha que venceria HOJE. Pelo menos nisso Murphy não meteu o bedelho.

Andando até o hotel após uma volta pelos supermercados da cidade, estava doido para tomar um banho, mas não! A camareira estava arrumando o quarto justo de quem? Do marmita aqui, óbvio! E quando ela finalmente terminou e eu pude, tanto usar a privada quanto o chuveiro, batem na porta meus camaradas me chamando para ir assistir o jogo do Brasil! Eu, ver jogo de futebol? Vai pra puta que o pariu, pra rimar com Brasil!

Hoje de manhã falei com o dono do hotel, reclamando que a NET não funciona e talz. Ele disse que a tarde estaria boa. Agora são 22:29, e o rapaz disse que terminou... ainda tá lento, MUITO lento. Mas pelo menos dá para conectar!

Hoje o porongo finalmente terminou de curar e pude matear um pouco! Mas isso ta me dando medo. As coisas estão começando a dar certo para mim. E isso nunca é um bom sinal.

Barbaridade!

Agora é só esperar a Pi pra conversar um pouquinho de depois dormir.

Aliás, boa noite a quem ler isso aqui!

01/03/2010

Sou empregado da -BEEP-. Ponto.

E depois de um dia inteiro de palestras BUNDA posso dizer duas coisas. Primeira: que o povo que trabalha por aqui é jogo duro. A mocinha do Rh que, por sinal, já era bem fraquinha, explicava as coisas da maneira mais minuciosa possível e o povo perguntava de novo e de novo. ARGH!!!

Segundo: Integração para a -BEEP- é lavagem cerebral. A palestra inteira foi só propaganda pró empresa. E propaganda mal feita. Passaram um vídeozinho onde as atendentes de telefone eram hiper prestativas e bem educadas, bem como pró ativas. Atendente de telefone com essas qualidades? Olha, hoje foi dia primeiro de março, não de abril!

E como sempre, temos o momento Murphy do dia. Primeiramente houve, como diria o narrador da sessão da tarde, muita confusão na programação de almoço. Tanta, que eu e meus camaradas resolvemos almoçar numa churrascaria não vinculada ao programa. Péssima escolha, já que a churrascaria era um lixo. Mesmo para mim que não como carne.

Mas o grande momento do dia foi na hora de tirar a foto para o crachá! Ninguém avisou de antemão, mas não daria pra tirar a foto se estivesse usado camisa branca. E adivinha quem usava? Claro, eu!

Por mim até ficava parecendo um fantasma na foto, mas a fotógrafa foi incisiva quanto à não tirar minha foto com camisa branca. Ok. Vamos ver o que dá para fazer. Por sorte encontrei um funcionário camarada que me emprestou a camisa, de outra cor, para tirar a foto. Prática esta realizada por vários outros candidatos.

Mais a noite, saímos para jantar e comemorar a contratação com três garrafas de cerveja para três Engenheiros. Ou seja, nada! Mas tudo bem, amanhã é dia de serviço e precisávamos dormir cedo.

Ao voltar para o hotel, escrevi o post de segunda e fiquei tentando conectar na internet até ½ noite. Sem sucesso.

Dizem que a internet dos alojamentos é infinitamente melhor. Lá ao menos a conexão não falha! Bom é o que dizem. Com minha sorte...

Mas isso, por hora é irrelevante. Pessoas, dormirei. Boa noite.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

27/02/2010

De volta ao blog depois de quase um mês. Fiquei quase esse tempo todo em Sampa, (não) resolvendo problemas.

Sexta eu tive que abrir uma conta no Banco do Brasil porque minha conta no Bradesco de Taubaté por algum motivo não servia. Frescura dos infernos se me perguntarem. Mas ok.

O problema é que a organização do RH aqui é tosquíssima! A passagem e itinerário da viagem fui eu quem teve que definir e mandar para eles!

Mas voltando ao assunto, mesmo depois da mocinha encarregada da minha contratação falar de todo o esquema para ir até Carajás abrir a conta, até sexta de manhã não tinha confirmação nenhuma!
Então eu e outro candidato, um Eng. de minas, pegamos uma van super insegura e fomos para Paraupebas. De lá, um táxi para subir a serra dos Carajás. Depois (é claro) de sermos barrados na portaria porque ninguém lá sabia que iríamos! Legal...

Presepadas aos montes que nem valem comentar, eu digo: ser contratado pela Vale é um teste em si, se você não souber resolver problemas, nada de contrato!

Já hoje o dia foi tranqüilo. Acordei cedo para uma caminhada, mas estava chovendo. Então voltei a dormir e foi até uma e meia, quando me acordaram para almoçar.

De barriga cheia, fui ao supermercado comprar uma garrafa térmica. Quero tomar chimarrão e só uma térmica para esquentar água aqui! Com a resistência elétrica que chia mais que o cão chupando manga. Deu medo, já que as instruções do manual da garrafa dizem para NUNCA usar aquecedores elétricos nela. Oh well, fuck off...

Mas o triste é que só poderei matear na terça, é o tempo que vai levar pra curar a cuia!

Na janta um tucunaré frito com arroz. Deu até para comer os espinhos do peixe. Eita bixinho bom! Ao dar uma volta na praça, havia um caminhão de som de uma loja anunciando um sorteio de uma moto 0 km. E segundo as palavras da propaganda: -“Imagine você de moto 0 km! Vai ficar irresistível!”

Chegamos ao ponto principal do post: é extremamente curiosa essa cultura de que se você tiver um veículo próprio será mais atraente para o sexo feminino...

E depois de uma conversinha com a Pi, tomarei um banho, darei outra cachimbada e cama!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

05/02/2010

Depois do post de terça, fui jantar. Acabei comendo o mesmo do almoço. Fazer o quê? Sou fresco com comida mesmo. Aí rolou um problema de fuso horário com a Pi, marquei com ela no MSN as 20:30h... mas, como aqui não tem horário de verão, cheguei ao quarto eram 21:30 (aí em baixo). Claro que ela não gostou, mas nem foi culpa minha. Quem iria lembrar desse detalhe?

A NET do hotel é uma BOSTAAAAAAAAAA!!! Além de ser mais lenta que um Hut tetraplégico, cai mais que os trapalhões. E fiquei a maior cara tentando reconectar. Só consegui lá pelas 11 da noite (ou seja, ½ noite no sudeste). Ah sim, fiquei mais uma hora batendo papo com a Pi e dane-se o WOW, outro dia tento ver como será. Minha namorada é mais importante. A partir da meia noite, a pedida era tomar banho e ir dormir. E não é que tive que diminuir a potência do condicionador de ar? Êita, se ficar assim sempre durante a noite eu não reclamo nada! A única coisa realmente chata a partir dessa hora era a fome e não poder comer...

Quarta acordei 5:00h. Como o exame médico tem que ser em jejum, fiquei com fome até umas 8 da manhã. O carro da empresa chegou eram umas 6 horas e lá vamos nós para a cidade de Paraupebas. Lugar mais quente que Canaã. O laboratório era surpreendentemente grande e bem estruturado, fiz nove exames: Eletro encefalograma, eletrocardiograma, sangue, audiométrico, campimetria, visão noturna, espirometria, oftalmológico, raio-X do tórax e, mas como não podia deixar de ser, sou um ser podre por natureza. A audiometria eu já sabia que ia dar alteração, aliás, culpo minha adolescência e fones de ouvido no último volume. Mas não fazia idéia de que teria que lançar mão de um bronco dilatador para chegar ao limite mínimo aceitável da espirometria! Quer dizer, mesmo com a medicação, meu pulmão é podre! Suspeitei desde o princípio...

Mas o mais preocupante foi o eletrocardiograma. Simplesmente vou ter que ir lá de novo na quinta porque a médica quer estar presente para ver o exame. E as atendentes não souberam me informar o porque. Todos os riscos a parte, meu esquema com a Vale mesmo está prejudicado, já que quinta seria dia de ir lá fazer exame de corpo e acertar detalhes. Prejudicado por que? Porque terei que ir de manhã ao laboratório e não consigo entrar em contato com a Vale de jeito nenhum. Os telefones deles simplesmente não funcionam e aqui no hotel, na hora que escrevia esse post não tinha internet. Aliás, tentava entrar em contato com a recepção pelo interfone... e nada. Fui até lá e a beleza da recepcionista tava batendo papo com a moça da cozinha. Usando uma expressão que meu pai sempre usava comigo e eu odiava, mas é perfeita para o caso: “Vai mal, vai mal...”

Enfim, a mocinha mexe pra lá com a antena da NET, pra cá, e nada. Ao ligar para o provedor, ficamos sabendo que o rádio deles queimou e estão trocando a bagaça. Iria demorar umas duas horas até tudo se acertar. Resumindo: Não entrei em contato com a Vale hoje, e só me sobrou um esquema MUITO meia-boca para tentar amanhã. Ai sacoooooooooooooo!!!

Ah sim, o almoço, lá em Paraupebas, foi arroz com feijão, salada e camarão cozido no bafo. ADORO camarão, mas com uma namorada mortalmente alérgica a crustáceos, é raro poder comê-los. E, valendo-me do calor como desculpa, experimentei o Corneto sabor napolitano. Gostosinho, mas não o suficiente. Ia comprar água no supermercado, mas o cabeça de vento aqui pra variar, esqueceu.

Mais tarde, enquanto escrevia aqui, meu parceiro me chamou para um banho de piscina. Ora, por que não? Fomos e ainda conhecemos um arqueólogo mineiro, o Marcos. Ficamos trocando idéias sobre a profissão dele e um pouco das nossas. Depois, um banho e jantar. Este último, pedi um caldo de caranguejo, e no lugar veio uma porção de camarão frito. A explicação do garçom foi que o caranguejo acabou. Pô! E só me avisa DEPOIS de mandar outro prato? E se eu fosse alérgico? Mas deixa quieto, como não sou e já disse antes que adoro camarão, manda que eu como! Como lubrificante, uma limonada geladinha.

Terminada a janta, era hora de encontrar a Pi no MSN. Samuel ainda me chamou para assistir o jogo de futebola com ele, mas, eu assistir jogo? Tá, vai nessa.

MAS, novamente meu amigo inseparável Murphy faz sua aparição: é claro que não terminaram de trocar o rádio do provedor, e dessa vez não temos previsão da volta da NET. Então esse post só DEVERIA sair na quinta. Mais uma vez, sequer poderei testar WOW nessa conexão. Talvez seja melhor assim, ter um ataque de nervos por culpa de um jogo travado não faz parte da minha lista de intenções. Depois de uma sessão de Yu Yu Hakusho tournament tactics, cama!

Quinta feira. O dia começa muito bem com o pessoal da Vale esquecendo que a gente existe e, depois de ligar lá umas 9:30hs, finalmente mandaram nossa condução. Acertei um esquema BEM melhor que o meia boca que havia mencionado anteriormente, mas mesmo assim chegamos em Paraupebas lá pelas 11:00hs, a médica do laboratório já tinha ido embora. Felizmente, e muito, o problema com meu exame era que, o excesso de pelos atrapalhou os resultados do eletro cardiograma. Ser descendente do Capitão Caverna dá nisso. Bom, nada que uma gilete não resolvesse, Como prêmio, ganhei não um, mas três hematomas das ventosas dos sensores. Parecem chupões! Mas juro Pi, foi a sucção dos sensores!

Problema resolvido, tive que esperar o laudo do exame, que saía 14:00hs. Hora que nosso transporte retornaria. Enquanto isso seguimos até um posto de vacinação, e, desembolsando R$55,00, tomei uma dose de tríplice adulta e antitetânica. Sexta feira meu braço estará doendo um pra burro! Depois disso, fomos almoçar o mesmo que quarta. Em seguida, uma viagem sem eventos notáveis até a mina do Sossego, Vale.

Uma vez lá, fomos até o posto do corpo de bombeiros, onde a medicina do trabalho está locada enquanto sua sede própria não termina a reforma, e fizemos os últimos procedimentos para retirar o ASO (atestado de saúde ocupacional) positivo. Beleza, agora é só arrumar as cópias dos zilhões de documentos que pediram para a admissão. Vou ver se meus pais ajudam lá de Taubaté, porque não trouxe tudo que precisaria.

Chegando de volta ao hotel, fui alo banheiro, assaltei o frigobar em busca de água e, junto com o Samuel, caímos na piscina... com uma cerveja amiga na borda. Certa hora ele precisou ir ao banheiro, e aproveitamos para voltar aos quartos e nos prepararmos para jantar.

No jantar, perguntei se já tinham caranguejos. Claro que ainda não, então o jeito foi experimentar o dourado ao molho de mariscos. DELÍCIA! Melhor prato até agora.

Durante a janta, o arqueólogo Marcos e seu parceiro, esqueci o nome dele, apareceram e ficamos os quatro tomando cerveja. Ia encontrar a Pi no MSN, mas como ela também estava atrasada, fiquei um pouco mais na cerveja.

Chegando no quarto, recebi uma ligação da Pi. Cobrando minha presença. Tinha acabado de chegar no quarto, e iria ligar o note book imediatamente. Surpresa! A NET, só pra variar, AINDA estava bugada! Resultado: liguei para a Pi pra avisar. Ela não ficou nada feliz, e com razão né? Mas, não havia nada que eu pudesse fazer.

Resignei-me a mais uma noite de RPG eletrônico antes de dormir, mas meus parceiros de cerveja do jantar, apareceram e insistiram que fosse com eles beber na cidade. Macaco quer banana? Vamos lá!

Achamos um barzinho, Roma lanches, com um slogan interessante, fazendo trocadilho com a expressão “quem tem boca vai a Roma.”. Enfim, ficamos lá para tomar uma, e trocar algumas idéias. Certa hora chegou um mané com um Gol, com um sistema de som que tomava completamente o porta-malas. O babaca simplesmente abriu o porta-malas e sem pedir pegou uma cadeira em nossa mesa antes de se dirigir a mesa de seus amigos. Seu carro emanava um tipo de som que, até então só eu conhecia em minha mesa, TECNOBREGA! Pois é, ninguém gostou, e devido ao volume excessivo, intercambiamos de mesa. Mesmo assim meus companheiros falaram bosta do ritmo. E eu concordo. NÃO gosto de tecnobrega. PONTO.

Segundo um dos motoristas da manhã, existia uma casa noturna que faria baile naquela noite. Mas como todos estavam cansados, voltamos ao hotel. Local no qual, após providencial ida ao banheiro, comi um sonho de valsa e bebi dois copos d água e vim escrever mais essa parte do post. Ah sim, sem internet ainda. Mas pelo menos, ao som de Nina e Judas priest. No exato momento deste comentário: TURBO LOVER!!!

E é ao som dessa música que termino a parte de quinta feira deste post. Amanhã preciso mesmo ir a alguma Lan house. Mas como não tenho meios de transferir o arquivo em que escrevo este post para e-mail, pendrive, ou mesmo meu celular, acho que só poderei colocá-lo on-line no sábado lá no aeroporto.

Continuando, na sexta feira, tive um dia bunda. Meu braço doía. E vai doer igualmente daqui dois meses. O, sabia que ia ser assim mesmo, mas não preciso estar feliz com isso. Acordei tarde, estava tão bom na cama com o condicionador de ar regulado para dezoito graus que enrolei horrores. Quando finalmente resolvi levantar, me arrumei e fui aventurar-me no clima natural.

Naturalmente horrível. Sexta foi o dia de maior calor. E eu lá, de camiseta preta e calça. Burro! Chegando à lan house, esperei até scanearem meus documentos e envia-los ao meu e-mail. Como mesmo na lan a velocidade de conexão era podre, isso já demorou um bocado! E como não poderia deixar de ser, meu azar demonstra sua força, de novo. O estabelecimento vizinho a lan era uma agência dos correios. E foi assaltada. Tive que ficar na lan até o qüiproquó todo terminar. Ao menos tinha um condicionador de ar potente.

Voltando ao hotel almocei e voltei ao quarto para fazer alguns telefonemas pertinentes à Vale. Depois, acabei pegando no sono. Acordei por volta das 4 da tarde, com a camareira me chamando, perguntando se podia arrumar o quarto. Coloquei o resto da minha roupa e fui chamar o Samuel. Ambos precisávamos ir à cidade. Mas chegando ao quarto dele, acabamos assistindo o filme da sessão da tarde, “com a bola toda”. Filme do Ben Stiller. São extremamente bobos, mas eu gosto dos filmes dele.

Depois, passamos numa relojoaria e uma ótica. E terminadas nossas respectivas pendências, cerveja. Assistindo pica-pau.

Samuel estava passando mal e no fim tomei a garrafa de Skoll inteira. Na volta para o hotel, passamos numa outra lan house, dessa vez para usar a internet mesmo. Bom, no meu caso, foi mais para diagramar de forma mais apresentável e correta meus documentos digitalizados. Terminando isso, finalmente voltamos ao hotel. Mas antes, deixei um comentário para meu amigo Leshrac em seu twitter sobre o que realmente é calor digno de reclamação.

Na janta fiz algo que fazia anos que não fazia: Comi um bife bovino. No almoço experimentei um pedaço do bife a parmeggiana do Samuel e tive que comer um na janta. Até foi bom voltar a comer um boi, mas prefiro deixar de lado durante o cotidiano mesmo. Um suco de limão para completar.

Na noite anterior havíamos concordado com a dona do hotel de participar de um chá de fraldas para uma das funcionárias que está prenha. Para evitar aborrecimentos, deixamos a cargo da dona comprar um pacote de fraldas para cada um. Quando ela chegou com as fraldas, lembramos que era um “chá” com comes. Mas, como já tínhamos jantado, apenas acertamos o dinheiro da fralda e voltamos para o quarto sem participar da festa. O calor mina todas as energias de quem não está acostumado. E eu não estou mais. Infelizmente, por hora. Por que a Vale não poderia ser num lugar como a planície da Patagônia ou o deserto do Atacama, que são frios? Sou eu, isso já é resposta o suficiente.

E a sexta terminou comigo dando uma relaxante cachimbada, arrumando a mala para a viagem de volta, ouvindo música e escrevendo esta parte do post.

Que Éris fique com vocês.

Roger and out!